domingo, 15 de janeiro de 2012

Regressar para partir e…, de novo, regressar partindo…

Há muito que aqui não vinha, mas um amigo do Facebook relembrou-me a existência do blogue e, num impulso, a curiosidade fez-me regressar. Sem o saber, Ulisses Duarte – um cabo-verdiano residente em Londres -, despertou-me o desejo de novamente aqui vir verter algumas palavras. É o que farei, como mais ou menos regularidade, a partir de hoje.
Parti deste espaço em Abril, por incómodo, por cansaço, por imperecível vontade de fazer outras coisas. Inconstância?! – perguntarão alguns -, apenas circunstância em dar espaço ao prazer e à vontade de fazer o que me apetece. Sempre foi assim e não vejo razões para ser diferente.
Se quisesse coisas sedentárias, muito certinhas, com horários completos, conta poupança reforma, casa de praia na periferia, carrinho utilitário e jantares de domingo, teria sido provavelmente empregado de escritório ou técnico do Fisco. Assim, dei-me todo a esta profissão de incertezas, com vários patrões mas sem nunca ter tido dono.
Desabrido, desbocado, quixotesco bastas vezes, militante de causas perdidas e apoiante circunstancial de políticos derrotados nas urnas, sem nunca ter tido a alegria alarve de buzinar nas ruas pela vitória do “meu candidato”… mesmo assim, nesta vida de vários portos, de acostagens e levantares de âncora, tenho-me dado bem e não me rói a consciência.
Se sou feliz? Não, porra, vou-me dando à alegria episódica de momentos felizes, porque a felicidade eterna deve ser uma chatice. O que seria das nossas vidas sem gente mesquinha a dar alfinetadas, a desfiar baboseiras e a debitar “certezas absolutas”?! Uma merda, seriam as nossas vidas.

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